Resumo: Dos tempos dos
Tembé/Tenetehara no Maranhão até os dias atuais, no Pará, a Antropologia tem se
dedicado a estudar a trajetória desse povo. Em consonância com os contextos
acadêmicos e políticos, historicamente localizados, essa disciplina contribui/contribuiu
com diferentes imagens sobre os Tembé/Tenetehara, muitas das quais se ligam
imediatamente às demandas políticas da própria etnia. De maneira geral, os
antropólogos estão entre os intermediadores de processos de legitimação e/ou inserção
desse grupo no “panteão” de indígenas brasileiros. Isto posto, este trabalho propõe
um percurso nesses variados discursos antropológicos, considerando a minha inserção
no diversificado grupo desses pesquisadores e em diálogo com a Arqueologia Histórica.
Trata-se de evidenciar como imagens acerca dos Tembé/Tenetehara são erigidas e
derrubadas, cristalizadas e abrandadas, considerando as premissas dos antropólogos.
A literatura especializada, as narrativas Tembé e o exercício do trabalho de
campo são as fontes privilegiadas neta comunicação. Assim, o que pretendo é fomentar
o debate sobre a produção do conhecimento antropológico, no qual a voz do interlocutor
soa com diferentes tons.
Palavras-chave: Povos indígenas.
Amazônia. Discurso
antropológico. Arqueologia.
Histórica.